quarta-feira, 16 de maio de 2012

O esporte gera bem estar e inclusão social quando feito com respeito e responsabilidade



                         

   A atividade física possui o poder de transformação saudável, educativa e psíquica, representando um importante instrumento  para a obtenção da longevidade. É através dela que se torna possível uma melhor qualidade de vida para a população e a inclusão de indivíduos com quaisquer tipos de deficiências.

   Exemplo disso é o sucesso dos atletas paraolímpicos, levando-se em consideração as dificuldades e frustrações superadas por eles durante suas vidas. É fundamental ampliar as discussões sobre mobilidade, acessibilidade e inclusão dessas pessoas, pois, assim como todos, também têm o direito de cidadão e a capacidade de ascender na vida, seja no âmbito esportivo, profissional ou íntimo. Alan Fonteles, jovem de 17 anos, representou o Brasil e foi motivo de orgulho no Campeonato Paraolímpico Nacional, realizado nos Estados Unidos, em junho de 2010.

   O esportista brasileiro conquistou medalha de ouro no atletismo. Além dele, outros paraatletas são exemplos de superação, como Thiago Barbosa e Antônio Delfino. O esporte, sem dúvidas, mostrou para a nação o quanto a dedicação é imprescindível para se obter êxito na vida. Mas, o benefício da educação física não para por aí. O investimento na saúde do indivíduo é impagável. Não há idade limite para a prática esportiva, porque com a orientação de um profissional habilitado para promover valores com ética e segurança, é, principalmente, na terceira idade que o bem estar é um aliado essencial para se ter longevidade.

   Destarte, torna-se possível o resgate de características saudáveis da juventude para as pessoas de idade avançada. Evita-se, ademais, um fator preocupante da sociedade moderna: a obesidade. “Essa epidemia deve ser tratada com toda a atenção pelas políticas públicas. As atividades físicas e esportivas orientadas por profissionais de Educação física são uma ferramenta fundamental neste processo”, afirma o Conselho Federal e Regional de Educação Física (CONFEF/CREFs). Diante disso, é especial a homenagem ao profissional que promove bem-estar da sociedade, no dia 1º de setembro.

   Acredita-se, então, que a boa orientação é o caminho mais curto para uma sociedade justa e saudável. Carlos Nuzman sustentou: “Os Jogos Rio 2016 serão um catalisador do progresso esportivo e social para o Brasil e o mundo. Além disso, o esporte é uma grande ferramenta para a inclusão social e a educação. O Brasil terá muito a ganhar com o envolvimento da juventude inspirado nos valores de amizade e respeito do Movimento Olímpico”. O esporte, então, não estará formando apenas campeões esportivos, mas, acima de tudo, campeões para a vida.


Amanda Larissa

domingo, 6 de maio de 2012

Tudo tem sua hora?



E quem somos nós para ter o poder de decisão sobre todas as coisas? Os livros de auto-ajuda ensinam que a vida está em nossas mãos; que, se algo de mal acontecer, “fomos nós que deixamos”; e as coisas boas “só vêm quando estivermos abertos para elas”. Tudo muito óbvio, muito positivo, mas comecei a duvidar. Peguei um recentemente que falava sobre um tal de “relógio da vida”, que seria o mecanismo para organizarmos nosso tempo em função daquilo que desejarmos alcançar. Haveria a hora do amor, a hora do trabalho, a hora de ter filhos, a hora de comer e a hora de ter tudo ao mesmo tempo, que só viria bem tarde. “Pessoas programadas são mais felizes, e não deixam o fator surpresa estragar seus planos”, estava escrito.
Os exemplos que a autora dá são de pessoas bem sucedidas que teriam alcançado suas metas seguindo instintivamente o tal relógio: a mulher que conseguiu se casar com o homem rico que sempre desejou, o cientista que se fechou para um amor de adolescência mas fez história ao descobrir uma fórmula, o cantor que demitiu todos os parceiros de banda para brilhar sozinho e alcançar um sucesso inimaginável. Comecei a divagar se a mulher, agora rica, era muito amada; se o cientista não se pegava em momentos de amargura e saudade depois de finalmente descobrir sua fórmula famosíssima; se o cantor não lembrava como era pobre — mas tão mais feliz — quando tinha os parceiros ao lado.
Programar o “relógio” é um ato frio, focado e cerebral, mas e as surpresas da vida, que é mais feita delas do que de programações? Quando pensamos que não seremos mais capazes de amar, o amor nos bate à porta; quando achamos que aquele trabalho é tudo na vida, vem uma crise e a empresa tem que cortar custos (a começar por nós); quando finalmente vamos usar aquela roupa guardada para a aguardada festa, descobrimos que engordamos 1kg e teremos que ir para o plano B; quando bolamos uma viagem inesquecível à praia, chove torrencialmente.
Geralmente, perdoem-me os autores dos mandamentos da felicidade, acontece sempre o contrário: as coisas realmente boas acontecem quando menos esperamos, um grande sofrimento chega mesmo que tenhamos tentado fazer tudo certo, e a vida nos escapa das mãos como água de cachoeira. Tudo tem sua hora, mas nem sempre compete a nós, em nossa vã prepotência, fazer a agenda. Às vezes é preciso deixar as coisas acontecerem e abrir a janela para o vento e o sol entrarem.
Quando entrevistei recentemente Christiane Torloni para a Vogue Brasil, ela me disse que aprendeu com um guru que a gente nunca sabe o que vem primeiro: se a próxima respiração ou a próxima vida. Posto isso, cai por terra a falsa ideia de que temos controle sobre tudo e que podemos adiar a felicidade em nome de outros planos. Essas atitudes geralmente não terminam bem e resultam em grandes solidões.
Na verdade, só existe uma hora certa: a de se permitir deixar as coisas boas chegarem, sobretudo quando elas não estavam programadas.

Bruno Astuto

sábado, 5 de maio de 2012



"Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça, não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar."
Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 2 de maio de 2012

A importância da disciplina na construção da dignidade humana

  Talvez você conheça Nick Vujicic e sua história. Palestrante motivacional e diretor de uma organização cristã sem fins lucrativos, Nick nasceu com a doença rara Tetra-amelia. Apesar de sofrer dificuldades e privações, ele não desistiu da vida e lutou por ela com muita disciplina, foco e persistência. Hoje, mais que um exemplo de dedicação, Vujicic é um ensinamento de superação.
  Esse caso demonstra  o quanto a dedicação é imprescindível para se obter êxito na vida, seja no meio profissional, familiar ou íntimo. Acredito que todos os projetos de vida e, consequente, seu futuro, estão encadeados com o que você faz para ele dar certo. Tatiana Marcondes, designer de moda, escreveu: “Somos muito impacientes, ansiosos e imediatistas. O mundo pede hoje resultados rápidos, e assim lidamos com nossas vidas. Por esta ansiedade em demasia, nossas ações se dão por espasmos. Podemos até começar a construir algo belo, mas não damos tempo para vermos nossa obra-prima concretizada”.
  Concordo com Tatiana. Vivemos em um mundo frenético, o qual não nos dá espaço para realizarmos nossas ações com tranquilidade e empenho. A ansiedade e a imposição de cumprir metas, valorizadas pelo Taylorismo, é algo hereditário e cresce exacerbadamente, evidenciando um vício reprodutivo da escala do poder. A busca incessante por capital exige de nós maior disciplina e qualidade no mercado de trabalho. Acontece que nada é adquirido de imediato, ou seja, para alcançar a disciplina, é importante ter consigo organização. Saber organizar seu tempo e utilizá-lo do melhor modo é um hábito vital para um futuro promissor.
  Através disso, defendo a ideia do empresário carioca, Eike Batista, no que diz respeito às condições necessárias para se atingir o sucesso profissional. Defendo, entretanto, que isso não seja o suficiente. Muitos métodos podem conduzir ao poder, mas não à glória. Sendo assim, mais que disciplina, dedicação e constância, estão os princípios-valores humanos abstratos, os quais influenciam a conduta subjetiva diante da conduta genérica. A carência desses causa um vazio existencial na alma do Ser.
  Portanto, ser empreendedor e criador de novos negócios gera uma riqueza material ao homem, porém, mais essencial que ela, está a sua riqueza ética, a qual não pode ser comprada por nenhum dinheiro fruto de dedicação e trabalho. O espírito burguês, muitas vezes, cega o homem e leva-o ao fracasso, assim tragado pela própria insensibilidade. O difícil não é cumprir metas, mas honrar com os deveres básicos que fazem de um homem um cidadão de lei e de fato.

Amanda Larissa